Klito nº3A | Houghton Ltd.

Houghtons - Klito nº3A

 1900 – 1920

Esta é uma câmera para placas secas, isto é, placas de vidro sensibilizadas com uma camada de gelatina de prata. Ela lembra bastante a muito popular categoria das box-camera, como a Kodak Brownie Nº2,  que também é uma caixa com uma lente na face frontal e dois visores, um para formato paisagem e outro para retratos. Mas as Klito pertencem a uma outra categoria, muito diferente das box para filmes em rolo.

Kodak Brownie nº2

Em comum está o gesto fotográfico de se colocar a câmera na altura de cintura e o enquadramento se faz pela pequena janela que fica no topo. A posição do rosto, não fica a menos de um palmo de distância. Isto é o que se chama de waist level finder, em inglês: visor de nível de cintura, literalmente. A Kodak, ao lado, faz 8 chapas em um filme 120, enquanto que a Klito Nº3A faz 12 chapas em placas de vidro previamente carregadas. Essa era a novidade, pois câmeras para placas de vidro, normalmente, recebiam uma placa por vez e o enquadramento era feito no vidro despolido, sempre com tripé e o emblemático pano preto. Para ver um exemplo, siga este link: câmera de colódio.

O sistema para carregar e fazer a troca das 12 placas é muito engenhoso e a ilustração abaixo, tirada do livro Ausführliches Handbuch der Photographie de Josef Maria Eder, de 1892, mostra como é o seu funcionamento.

As placas p são carregadas, no escuro, por uma porta traseira D e entram na posição vertical. Quando esta porta é fechada, uma mola f pressiona as placas contra um anteparo que posiciona a primeira delas no plano focal da lente L. Uma vez feita a sua exposição, uma alavanca no alto da câmera, ao lado da alça, é deslizada para a direita e a placa tomba sobre a pilha de placas expostas, p’ na ilustração acima.

Conley Quick Shot

Neste desenho de uma Conley Quick Shot, de 1899, vemos o momento em que a placa exposta gira e cai sobre a pilha na base da câmera. Os sistemas variam de uma falling plate a outra e muitos foram objetos de patentes. Uma vantagem muito útil desse sistema é que, diferente do filme, podemos carregar a câmera com quantas placas quisermos até o limite de 12. Podemos ainda fazer como em um sistema contínuo e ir revelando e carregando à medida em que fotografamos mantendo um buffer constante de 12 placas. Dessa forma temos a vantagem do filme em rolo, que é a de poder carregar vários negativos de uma vez, e também a vantagem das placas ou folhas de filmes, que é a de poder processar uma a uma, se for do interesse do fotógrafo. Esta Klito nº3A tem até mesmo uma porta traseira bipartida que facilita a retirada de placas expostas sem nenhuma interferência com as ainda virgens.

Veja abaixo como que o “avanço” das placas é realizado nesse sistema.

Ao se acionar a alavanca na parte superior e externa da câmera os dois dentes que aparecem na foto acima em A, deslizam para a direita. Em B, podemos ver que o primeiro deles, o da esquerda, entra na fenda do porta placas e a libera para tombar sobre a pilha . Enquanto isso o segundo, da direita,  segura a placa seguinte. Ao retornarem para a posição inicial temos uma nova placa pronta para ser exposta.

Na base das placas, elas ficam presas por uma garra virada para baixo (C). Dessa forma, ao girar para frente(D), elas são liberadas e caem sobre a pilha.

O interessante é que embora possa parecer o tipo de mecanismo propenso a falhas, na prática, ele é muito confiável e preciso. Importante notar que esta câmera faz algo equivalente ao quarto de placa: 3¼ x 4¼ polegadas, que correspondem, mais ou menos, a 8 x 10 cm, e a alternativa que foi mais tarde adotada para as câmeras de quarto de placa, as 4×5″ ou 9×12 cm, foi o film-holder avulso e estes, no seu conjunto, ocupam muito mais espaço.

Muitos foram os fabricantes de falling plate cameras, mas parece que os ingleses e americanos tiveram um interesse especial por este sistema. Houghton Ltd. foi um dos grandes nomes da indústria fotográfica. Em Londres, em 1834, George Houghton em sociedade com o Francês Antoine Claudet, fundaram a Claudet & Houghton. Fabricavam vidros em chapas e também vidros ópticos e outros materiais fotográficos. Mais tarde, já apenas como Houghton & Sons, lançou a marca Ensign, vendendo filmes, fabricando lentes e câmeras. Associou-se ainda com outro grande fabricante, a Butcher, que também atuava fortemente no mercado de falling plate cameras. Enfim, foi um dos grandes do setor e mais detalhes sobre seu percurso podem ser vistos neste site: Ensign Cameras.

Muitos nomes para o novo gesto

Este tipo de construção é também conhecido como magazine camera e temos também o mais pitoresco detective camera, além de falling plate camera e finalmente hand camera. Creio que hoje o mais significativo, historicamente, é justamente este último: hand camera, pois ela veio a inaugurar essa maneira revolucionária de fotografar. Lemos no British Journal of Photography (BJP), de 22 de novembro de 1889, “Uma câmera de mão destina-se principalmente a tirar proveito da rapidez das placas de gelatina e do estado perfeito dos obturadores rápidos, além de eliminar o uso desajeitado de um tripé e do pano preto de focagem“.

No artigo sobre as Ikontas e Super Ikontas, a linha de folding cameras da Zeiss Ikon, esse aspecto da transição do tripé para a câmera na mão é abordado do ponto de vista das câmera para filmes em rolo de médio e até grande formato. Para acessar, siga o link: Ikontas e Super Ikontas.

É muito difícil de precisar se as hand cameras para placas vieram antes ou depois das câmera tipo box com filmes em rolo. Como foi o filme em rolo que dominou a cena a partir dos meados do século XX, temos a tendência a supervalorizar  o surgimento das box cameras para filmes como o 120. Mas creio que historicamente o mais acertado é considerar que logo após a invenção da gelatina de prata e da comercialização de placas prontas para uso, coisa impossível com o colódio úmido,  as duas formas de hand cameras, para filmes em rolo ou placas, foram desenvolvimentos que podem ser considerados paralelos e contemporâneos. Se for dada alguma vantagem, creio que ela vai para as plate cameras. No artigo já citado do BJP, de 1889, o autor comenta: “Mas como ainda não obtivemos um filme negativo flexível perfeito, o maior número de usuários de câmeras de mão está satisfeito – prefere usar placas comuns de vidro “. Talvez, simplesmente porque, além desses aperfeiçoamentos que se faziam necessários, a câmera com filme em rolo significava dois passos ousados de uma só vez, abandonar o tripé e as placas de vidro, as hand cameras do tipo falling plate tiveram alguma vantagem inicial pois proporcionavam uma transição mais suave.

Sobre o detective camera, no mesmo artigo o autor comenta: “O nome ‘detetive’ foi dado a essa classe de câmeras, não sei por que, pois ainda não ouvi falar de um detetive usando uma ou de qualquer fotografia tirada com elas sendo usada como evidência em um tribunal policial, mas parece que provavelmente permanecerá, embora, por minha parte, fique feliz em vê-lo substituído pelo termo câmera de mão [hand câmera]”.

Mas o fato é que o tipo de construção foi logo percebido como muito conveniente para fotos indiscretas e foi por aí que o sistema fez sua entrada na fotografia. Em um artigo no American Journal of Photography (AJP) de 1892, em uma matéria cujo título é A plea for the hand camera (Em defesa da hand camera), podemos entender que esta foi mais ou menos a sua origem e por onde é que ela foi se transformando logo em seguida “Primeiro, deixe-nos observar que aprovamos a chegada do termo câmera de mão, porque em sua progressão e aperfeiçoamento, esse tipo de câmera está, em muitos casos, desenvolvendo-se a partir do instrumento puramente de detetive, limite no qual foi mantido em suas formas anteriores . O afastamento da ocultação de sua finalidade, ao permitir o uso de uma lente melhor adaptada para tirar fotos agradáveis, por exemplo, consideramos um grande impulso a seu favor”.

Perdendo a camuflagem

O mercado de hand cameras disfarçadas em outros objetos, como essa acima em bolsa de crocodilo, apresentada no catálogo do distribuidor Anthony de New York em 1892, atraiu muitos entusiastas, detetives ou não. Foi uma espécie de chamariz inicial para o conceito que não seria bem recebido como substituto à altura do muito bem estabelecido aparato do fotógrafo profissional ou amador dedicado. Mas as possibilidades fotográficas de uma câmera sem tripé, foco pelo visor e capaz de realizar instantâneos, logo abriu um horizonte muito maior.

Sobre isso, é interessante fazermos uma observação na citação acima, de Xanthus Smith, em seu A plea for the hand camera, quando ele fala sobre lentes, e diz que ao abandonar a ideia de camuflagem as hand camera puderam utilizar lentes que rendiam “fotos agradáveis”. As detective cameras tinham como premissa utilizar uma lente grande angular para incluir na fotografia a maior parte possível da cena à sua frente. Isso era desejável pois o fotógrafo operava a câmera disfarçadamente e o enquadramento era apenas uma grossa estimativa. Uma grande angular garantiria assim que ele não perderia o flagrante por deixar o assunto fora do quadro. Porém, esteticamente, as angulares não eram muito apreciadas, sobretudo para fotos de pessoas, por suas inevitáveis distorções. Dessa forma, as hand cameras, que passaram a ser utilizadas como aparelhos para a fotografia com alguma ambição estética, optaram por lentes mais longas e mais ao gosto da época. Gosto esse que perdura, ou perdurou, até hoje, mas que talvez mude por influência dos celulares que utilizam em sua maioria lentes angulares.

Mas mesmo ganhando lentes mais longas e assumindo o ato fotográfico sem disfarces, a possibilidade de flertar com fotos “roubadas”, tomadas sem que as pessoas retratadas o percebessem, não foi totalmente abandonada. No artigo do BJP, o autor comenta: “Para obter discrição, muitos truques engenhosos foram adotados, mas acho que esse talvez seja um ponto que é melhor deixar para o usuário; por outro lado, descobri que uma caixa apenas pintada de preto é objeto de muito pouca atenção, muito menos do que eu esperaria”Esse desejo de ainda preservar um pouco da discrição das primeiras detective cameras contribuiu para dar às hand cameras, do tipo falling plate, um charme especial. Com o objetivo de poder se instalar uma lente melhor, mais luminosa, e um obturador mais versátil  e, apesar disso, preservar a aparência de uma  “caixa apenas pintada de preto”, muitos modelos, como essa Klito nº3A, têm uma porta frontal que revela por trás de sua austeridade aparente, um interior luxuoso, com madeira, regulagens, mecanismos em metais polidos que lembram peças de mobiliário da era Vitoriana. É um acesso secreto, reservado apenas ao fotógrafo, com uma simpática portinha, como aqueles pequenos altares privados, portáteis, que existem desde a Idade Média.

Mas a resistência foi grande. Desde Talbot e Daguerre fotografar foi algo assentado em um terreno entre as artes e as ciências. Envolvia-se ainda de um aspecto cênico, de demonstração, de espetáculo, bem ao gosto das curiosidades e maravilhas que aqueceram tanto o espírito transformador do século XIX. O fotógrafo estabeleceu-se cioso de sua imagem de um estudioso, de um artista, capaz de transitar entre a química, a física e as belas artes. Fotografar era um evento por si só e precisava de uma mise-en-scène à altura de sua distinção. A fotografia tradicional com vidro despolido, pano preto, tripé e ainda o laboratório fechado onde as placas úmidas de colódio precisavam ser processadas imediatamente, proviam muito à contento todo esse espaço conceitual.

O desprezo às hand-cameras veio inicialmente, como poderíamos esperar, dos próprios fotógrafos. Mas na literatura da época, editores e fabricantes (leia-se anunciantes) colaboraram para tirar a fotografia desse território de ciência oculta na qual ela havia se entrincheirado. Sobre isso, vale a pena uma longa citação da abertura do artigo A plea for the hand camera:

“Tendo notado em alguns artigos publicados recentemente sobre câmeras e fotografar, uma disposição dos autores a falar depreciativamente sobre câmeras de mão, tais como as câmeras de detetive são agora chamadas frequentemente, e sobre o trabalho com câmeras de mão, estaríamos dispostos a dizer uma ou duas palavras a seu favor .

A idéia que esses autores parecem querer transmitir é que qualquer trabalho realizado em fotografia que não seja com uma câmera bem presa a um tripé é meramente insignificante e completamente abaixo da atenção do candidato a fotógrafo artístico – atenção a qual, eles levariam você a supor que seja a de invariavelmente dar tanta preocupação à seleção de seu assunto, e ao foco e exposição, que qualquer aparelho que não admita ser preso a um suporte em forma de mesa deve ser considerado inteiramente inadequado para o indivíduo na produção de valiosas imagens fotográficas. Andar com uma caixinha insignificante, embora possa parecer formidável em sua complexidade de parafusos e registros, mostradores e gatilhos, e mirando o que quer que se apresente como curioso, é discutido por alguns como uma ocupação adequada apenas para o entusiasta estúpido ou o garoto de escola, e deve ser desaprovado pelo fotógrafo legítimo, que coloca sua arte acima de realizações tão pífias quanto divertir-se com uma câmera de mão “.

Acho muito divertida a ironia e até truculência com que o autor ridiculariza as estratégias para dar respeito e revestir de seriedade e fotografia “artística” de sua época, como se o tripé fosse um atestado de competência.

No mesmo artigo fica claro que esse desmascarar do fotógrafo profissional ou amador entusiasta,  quando eles se escondiam por trás de procedimentos e equipamentos complexos para dar mais prestígio ao seu trabalho, tinha como alvo a popularização da fotografia. Foi por essa época que ela começou a ser vista como uma atividade que poderia ser simples, divertida e ao alcance de um público bem maior, sem perder seu potencial estético. A fotografia poderia ser um acessório, um complemento, uma pequena pausa em um passeio, evento ou viagem, sem que o fotógrafo amador precisasse carregar kilos e kilos de equipamento ou entender dos processos físico-químicos envolvidos na produção de suas imagens. O autor de A plea for the hand camera, ressalta o quanto ela é mais adequada a “um dos mais extensos ramos da fotografia atualmente, e um dos que cresce diariamente, que é o do turista”.

Sobre a possibilidade de ser realizar boas fotografias, até com certo valor artístico, mesmo com uma hand camera, Xanthus Smith comenta: “Deve-se lembrar que se muitas pessoas que não têm bom gosto ou alguma cultura nas artes, e que usam câmeras de detetive ou de mão e tiram inúmeras fotos inartísticas e até mesmo muito absurdas, não é o meio que deve ser culpado, mas sim o indivíduo que as fez”.

Finalmente, em rolos ou em placas, foi com as hand cameras que veio a transição do “ver para fotografar” rumo ao “fotografar para ver”. A última recomendação no artigo do AJP, vai bem nessa direção que é hoje um paradigma da fotografia quando se é mais fotógrafo na edição do que no disparo do obturador. “Para aquelas pessoas que têm a sorte de possuir tempo e meios suficientes, diríamos: disparem, não percam uma chance que pode resultar em uma imagem interessante e, posteriormente, destruam aqueles negativos que são indesejáveis. Os menos favorecidos terão que ser mais cautelosos e correr o risco de perder uma boa foto para não desperdiçar seu material”.

As lentes

Muitas hand cameras do tipo falling plate utilizavam, assim como a maioria das box cameras para filmes em rolo, um simples menisco como lente. Tinham normalmente a iris à frente da óptica utilizando assim a configuração das primeiras lentes para paisagens. Mas não encontrei na literatura referências ao uso de dubletos  acromáticos em falling plate cameras. O próximo degrau já introduzia uma Rapid Rectilinear (simétrica de 4 elementos em 2 grupos) como atesta o artigo no BJP: “imediatamente recomendaremos o tipo rapid rectilinear para aqueles que podem pagar e a lente simples não acromática para aqueles que precisam de uma solução barata”. Parece então que eram os dois tipos disponíveis.

Nesta Klito nº3A está instalada uma Rectimat Symmetrical Lens fabricada pela Ensign. A abertura é f/11. A distância focal, aproveitando que as RR são simétricas, foi medida com régua, da placa até o centro de lente, e deu algo como 155 mm. A diagonal do quadro 3¼ x 4¼” é de ~135 mm. Então ela funciona realmente como uma lente normal e não com uma angular como teriam sido as primeiras detective cameras. Seu ângulo de visão é de ~47º.

Os tempos oferecidos são 1/100, 1/50, 1/25, B e T. O pistão que aparece no alto não é um retardador, é simplesmente para acionamento à distância com uma mangueira e pera de borracha. Sobre os tempos que se usava na época no artigo do BJP encontramos: “Às vezes é necessário usar um tripé para exposições longas e então, aquele que se dobra como uma bengala, será considerado muito conveniente; para o trabalho geral, é melhor ser independente dele, pois é bem possível segurar a câmera estável por meio segundo. Eu tenho um ou dois negativos bem nítidos tirados com essa velocidade. Um quinto de segundo torna o trabalho um pouco mais confortável e, com um décimo de segundo, pode-se confiar em resultados nítidos sem muito cuidado na estabilização”. O formato caixa e o visor tipo waist level finder realmente dão boa estabilidade, mas 1/2 segundo está muito fora dos padrões de hoje para o que chamamos de hand held photography.

O foco

As hand cameras do tipo falling plate, as mais sofisticadas, utilizam um sistema de cremalheira para fazer o foco. Outras ofereciam lentes de aproximação, suplementares ao menisco, que eram deslizadas à frente deste último para 3 zonas de distâncias mais curtas. As que utilizavam uma Rapid Rectiliear, normalmente possuem um pequeno fole e avançam toda a frente da câmera por uns 2 cm aproximadamente.

Pela focal da lente, isso é suficiente para focar objetos até 7 pés, ou ~2,1 metros de distância. Uma pequena janela, foto acima, indica a escala. Não é preciso dizer que não são câmeras para close-ups. Distâncias menores que esta, ainda que viáveis do ponto de vista da óptica, ficam impossíveis de enquadrar corretamente com um visor sem correção de paralaxe.

Em uso

Desde o final de 2017 eu tenho feito dry plates, placas secas sensibilizadas com gelatina de prata, produzida por um método caseiro e em pequena escala. Foi daí que eu me interessei por esse tipo de câmera e acabei adquirindo esta na Alemanha pelo preço que aqui no Brasil se vende uma Olympus Trip 35. Ela está completa e não precisou de absolutamente nada além das placas para ser posta em uso. Como foi dito mais acima, ela utiliza o formato 3¼ x 4¼,   aproximadamente 8 x 10 cm, em chapas de vidro de 1 mm de espessura. Eu cortei algumas que já tinha em 9 x 12 cm (bem mais comum) e, por sorte, com ela, vieram ainda 6 placas originais extra. Para mim isso é ótimo pois eu costumo remover a gelatina, depois de ampliar as fotos que gostei, e reutilizar os vidros.

Canal St Martin – Paris

A emulsão que preparei é sensível apenas ao azul e UV e não permitiu, nos dias nublados em que fotografei, nem mesmo utilizar 1/25 s a f/11, que é o máximo que ela chega para situações de baixa luminosidade. Por isso precisei de um tripé, contrariando o conceito chave da câmera. Outro problema com essas placas caseiras é que elas não tinham um tratamento anti-halo e ficou muito evidente a luz que a própria emulsão espalhou e refletiu na segunda superfície do vidro criando um halo muito forte nas fotos na região do céu.

Mas mesmo considerando esses problemas eu fiquei muito satisfeito com o resultado e sobretudo com a praticidade do uso dessa câmera. Irei certamente continuar utilizando-a como minha câmera oficial para as dry plates.

 

 


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