Este site começou em 2001 quando resolvi fazer páginas em html mostrando minha coleção de câmeras fotográficas e as fotos que fazia com elas. Adicionava comentários sobre funcionamento, história, estética, recursos e coisas assim. Fiz o site em inglês pois tudo que via na internet, livros, feiras e o que fosse relacionado com câmeras antigas era em inglês, ou em outra língua, mas nunca em português. No final de 2010 abri uma galeria de arte, e abandonei o site por falta de tempo para mantê-lo. Também é fato que parei de comprar novas câmeras para a coleção e quase parei de fotografar com filmes. Agora a galeria não está mais comigo e resolvi relançar o site, bilingue, e com um visual mais atual. Muito me estimulou fazer isso quando vi que para algumas câmeras importantes meu site estava muito bem colocado sites de busca e recebiam muitas visitas ainda. Nesse relançamento foi importante me livrar de escrever html, php, javascript, etc, e estou usando WordPress em forma de blog. Mas acho ótimo ter aprendido a programar, ajuda muito algumas vezes conhecer um pouco de código.
Resolvi também incorporar uma parte relacionada à técnica. Como sou formado em física e já fui professor, gosto de escrever explicando os fundamentos que se relacionam à fotografia tanto em filmes como digital. Outro tema que achei interessante colocar relaciona-se a práticas de laboratório, novamente, tanto analógico como digital. São algumas dicas que acredito que possam ser valiosas para quem está começando e também espero aprender muito através dos comentários e observações dos visitantes. A aba chamada ‘estética’, apresenta conteúdos sobre nossa relação com as imagens, fotográficas ou não.
Sobre o nome, ‘apenas imagens’, assim em minúsculas, a razão é filosófica e relaciona-se ao interminável debate que sempre existiu entre ‘essência’ e ‘aparência’. Fala-se muito nos dias de hoje que somos uma cultura do visual, da representação, e que não distinguimos mais o que é real do que é virtual. Gosto do ‘apenas imagens’ pois soa para mim sempre de modo ambíguo a esse respeito. Um sentido é direto e depreciativo, coisas que não são, apenas parecem, apenas imagens, inexistências, por assim dizer. O outro sentido é o do espanto pela constatação de que são apenas imagens e no entanto, como nos subjugam! Como nos são caras e importantes! Que influência enorme exercem sobre nós! Que capacidade que elas tem de formar nossos gostos, opiniões e valores. Nesse sentido o ‘apenas’ assume um sentido oposto ao anterior, através da ironia, e me agrada bastante.
Grato pela visita
Wagner Lungov