Uma questão simples, mas muito importante, em prática de laboratório é o controle do tempo dos banhos ou dos processos. Por muitos anos eu usei o “triple timer” ao lado e ele sempre funcionou bem – funciona até hoje. Porém, a eletrônica embutida em um aparelhinho desses não é nada comparada ao que temos no mais simples de todos os smartphones e há sempre alguém desenvolvendo algum aplicativo ou conteúdo para aproveitar essa capacidade disponível.
O cronômetro de laboratório da Digitaltruth é um desses casos. Entre no site Digitaltruth e veja instruções para baixar o aplicativo em sistema Android ou OS. É um aplicativo que tem um banco de dados de filmes e reveladores como sugestão para você começar e também permite que você edite e crie a sua própria tabela alterando todos os parâmetros que quiser. Funciona como criar a sua lista de favoritos em seus processos de revelação ou impressão em laboratório. Veja algumas telas:
Você começa por selecionar o formato: 35mm, 120 ou filme em folhas, sheet.
Em seguida, na mesma tela, escolha um revelador.
Próxima etapa é definir para qual sensibilidade você quer revelar já que pode ser diferente da do filme. Para várias combinações a tabela oferece mais de uma opção e em outras apenas uma que você precisa confirmar.
Nesse momento você está pronto para iniciar, mas, caso os dados da tabela não correspondam exatamente ao que você quer, toque na estrela no canto superior direito, confirme e entre em modo de edição.
Tudo pode ser alterado. Até o nome do processo. Dessa forma, partindo de algo existente, você cria uma rotina sua. Clicando em Done você volta para a tela anterior e pode dar início ao processo. Isso que você criou estará disponível a partir da tela inicial clicando em My Times.
Há um sinal sonoro para início e um alarme para o final. As agitações também podem ser definidas e há um sinal de início e fim. Normalmente, depois que dei início no cronômetro, eu não olho mais para ele e fico apenas seguindo os sinais sonoros.
Vários parâmetros podem ser ajustados em uma tela de configurações. Contagem regressiva ou progressiva, escalas ºC ou ºF, tempos de agitação e outros.
Para o tempo de processamento é possível, tocando nos ícones no alto da tela, acionar modos em tela preta com letras vermelhas ou verdes. A ideia é, obviamente, evitar velar os filmes e papéis, sendo o verde para o primeiro e o vermelho para o segundo. Não confie muito nisso.
No momento em que você apaga as luzes parece que a tela do telefone ficou mesmo bem escura. Mas à medida em que seus olhos forem aumentando a sensibilidade natural (leva uns 30 minutos para chegar ao máximo) perceberá que aquela telinha que parecia ter fundo preto, mesmo nesses modos, emite muita luz. É claro que isso depende do seu telefone e ajuste de brilho. Luz vermelha para papéis, ainda pode ser, deixando longe da bandeja. Mas jamais eu revelaria filmes em bandejas com essa luz verde invadindo o laboratório. Por isso aproveitei uma embalagem em madeira (acho que eram uns doces chilenos) e fiz essa linda caixinha que fica sobre a bancada. Pintei ainda de preto por dentro para que o que vazar ainda saia pouco plelas frestas. Ela é útil em qualquer caso, mesmo com revelação em tanques de filmes de rolo, pois havendo alguma emergência, como precisar medir a temperatura do revelador, em um gesto ela estará fechada e segura.
Finalmente, não deixe de colocar o seu telefone em modo avião, pelo menos durante a revelação.
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